Seja gentil sempre!

Escrevo, sem nenhum medo de errar de que o país, onde o povo quase sempre preza por uma educação esmerada é, sem dúvida, a Inglaterra.

Realmente, os ingleses prezam pela gentileza em quase todos os seus atos e comportamentos no seu dia a dia, eu arrisco dizer.

Sendo que essa educação começa com a sua costumeira pontualidade britânica. Aliás, o povo inglês respeita muito o seu próprio tempo e, por consequência, o tempo das outras pessoas, pois eles sabem que o tempo, em hipótese alguma, pode ser recuperado.

Cito um exemplo que me chamou muito a atenção; na última vez que estivemos na Inglaterra, estávamos no centro de Londres em busca de determinado ônibus. Em Londres, os ônibus são identificados por números e cada parada apresenta os horários e trajetos dos mesmos.

Descemos em Picadilly Circus que é uma praça no centro da capital inglesa e entrando em outro ônibus, perguntei ao motorista se o mesmo ia até o museu Madame Tussaud?

O motorista me explicou que eu teria que pegar esse mesmo ônibus na outra rua, pois o seu ônibus estava voltando desse museu.

Depois da sua resposta, entendi o que ele estava dizendo e agradeci. Não satisfeito, ele abriu sua cabine e saiu do ônibus. Pensei que estivesse procurando alguém ou coisa parecida. Mas, para minha surpresa me chamou para ir até atrás daquele ônibus de dois andares e apontando com a mão para a rua paralela, repetiu toda a explicação. Logicamente, agradeci novamente essa enorme gentileza com um sonoro Thanks a lot!

O fato é que aquele motorista londrino, naquela manhã fria de inverno, me mostrou que sempre posso ser extremamente gentil com as pessoas, conhecendo ou não as mesmas.

Logicamente, ele não tinha obrigação nenhuma de ter aquele comportamento exemplar, mas, mesmo assim, demonstrou um enorme interesse para que eu entendesse perfeitamente o que ele estava explicando.

A mensagem que está por trás disso é que eu, simplesmente, não perco nada sendo gentil com os outros, até mesmo, com as pessoas mal-humoradas e amargas.

O fato é que, independentemente das circunstâncias envolvidas, precisamos fazer a nossa parte para um mundo melhor (podemos tratar melhor as pessoas).

No fundo, nós podemos influenciar de uma forma positiva, os ambientes que frequentamos, apenas com a nossa gentileza e educação.

José Tejada

Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite