Talento e reconhecimento
- José Tejada
- 6 de ago. de 2019
- 2 min de leitura
Penso que, como não vivemos em uma sociedade que preza pela muito pela meritocracia, de uma forma geral, nem sempre o talento vai ser reconhecido.
Com o tempo, percebi que o mais importante para um profissional é ter a consciência tranquila de que ele está sempre tentando fazer o melhor em sua profissão.
O fato é que, independentemente de nosso desempenho, nem sempre as pessoas reconhecerão o mesmo pelas mais variadas razões, afinal, a inveja anda à solta por esses pagos.
O mais interessante é que o oposto também é verdadeiro, ou seja, pessoas sem talento poderão ser reconhecidas, já que, como escrevi acima, a meritocracia está em segundo plano, em nossa sociedade. Para comprovar isso: repare algumas celebridades ou músicas que estão fazendo sucesso na atualidade (risos).
Por isso, acima de tudo, precisamos ter em mente que o mais importante é sempre tentarmos, de todas as formas, fazer o melhor, independentemente das circunstâncias envolvidas. Até porque, em algumas organizações, os talentos não serão bem vistos, às vezes, até boicotados, principalmente, se a liderança não for competente, ou seja, não prezar pela meritocracia. O mais triste é que nesse tipo de organização, o “reconhecimento” só se dará pelo aspecto pessoal e ponto final; a tão falada “amigocracia”.
A verdade é que muitas vezes, não teremos os melhores recursos, porém, sempre precisamos prezar pela qualidade de nosso trabalho. Isso me parece uma questão de atitude.
Atualmente, como docente, procuro ter esse comportamento. Sempre entro em uma sala de aula para tentar fazer o melhor, por isso, sempre preparo minha aula com cuidado. Na realidade, penso, que sempre podemos inovar em sala de aula, já que o aluno preza por novidades.
Aliás, percebo que sempre tive essa atitude quando joguei tênis em nível de competição, pois sempre procurei fazer o melhor, independentemente das dificuldades envolvidas, procurando usar a minha criatividade para melhorar o meu desempenho em quadra.
Só que, no tênis, o reconhecimento, obrigatoriamente, vem, por ser um esporte individual, ou seja, a competência e o reconhecimento vão, geralmente, andar juntos, pois o resultado vai falar por si mesmo.
A realidade, no tênis, é que as pessoas podem até não gostar de você, mas terão que vê-lo no alto do podium com o troféu! De outra forma, não há como não reconhecer (boicotar) um tenista talentoso. Talvez, por esse aspecto, eu gostei tanto de jogar tênis, pois sabia que tudo dependia de meu esforço, talento e dedicação para ser reconhecido. Infelizmente, isso não acontece em algumas organizações, onde o que conta é somente o aspecto pessoal.
Acima de tudo, ouso aconselhar: mesmo se você não for reconhecido na empresa em que trabalha; sempre preze pela excelência em sua função, ou seja, em hipótese alguma, se “economize”, afinal, nada como ter a consciência tranquila de que fizemos o melhor trabalho dentro da nossa capacidade!

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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