Talento e sucesso!

Será que alguém na face da Terra, não almeja ser uma pessoa talentosa e de sucesso?

Acredito que não. O fato é que quase toda a organização tem em seu discurso a questão da valorização dos seus verdadeiros talentos (profissionais mais competentes). Porém, algumas vezes isso, infelizmente, só faz parte do discurso.

Acabei percebendo, com o tempo, que a maioria das pessoas, não lida muito bem com o talento alheio. Não sei exatamente por que, mas as pessoas, de uma forma geral, não gostam de pessoas muito talentosas, eu diria. Isso ocorre, principalmente, no ambiente corporativo brasileiro, onde o fator pessoal, ainda infelizmente impera (sociedade paternalista). A verdade é que, infelizmente, não temos uma cultura meritocrática.

Vou tentar explicar, de uma forma resumida, a minha visão de por que isso acontece em muitas empresas.

O primeiro grande problema é que o talento é raro, essa é a realidade, por isso, talvez, ele desperte tantos sentimentos contraditórios nas pessoas como: admiração, reverência, inveja, despeito e, até vingança, em alguns casos. Também colabora muito para isso a questão do reconhecimento.

Aliás, parece que, algumas pessoas, precisam ser reconhecidas, já que seu ego simplesmente governa a sua vida. Não é à toa que o ambiente corporativo, muitas vezes, se transforma em uma grande fogueira de vaidades, onde o que mais importa é a questão de quem vai aparecer perante os holofotes, ou seja, levar os “méritos”.

Em função disso, já vi muitos profissionais extremamente talentosos serem boicotados (isolados) por seus chefes. Algumas vezes, por esses chefes, terem medo de sombra e outras, o que é muito pior, por pura inveja e despeito. E também, às vezes, por esses dois motivos (risos).

Como sempre comento, não é fácil trabalhar em qualquer empresa, pois, como os estudos mostram, esse é um ambiente extremamente propício a todo o tipo de conflito. Por isso, se você for um profissional talentoso, você precisa estar preparado para os inevitáveis boicotes que surgirão em sua caminhada (pessoal e profissional).

O que agrava muito essa situação é que o profissional talentoso, quase sempre, não se presta a ser puxa-saco ou bajulador da chefia. Ele quer ser reconhecido pela sua expertise, conhecimento ou competência (resultado – valor agregado) e ponto final! Logicamente, a chefia não gosta nada desse tipo de comportamento (pela questão do ego).

Agora, se esse profissional talentoso “ousar” fazer sucesso, eu diria que ele deve se preparar para ter muitos “inimigos” (detratores) declarados ou não, pois o sucesso jamais causa a indiferença das pessoas, essa é a realidade.

Não sei, mas parece que, algumas pessoas, ficam tão obcecadas pelo sucesso (poder) que não medem as suas atitudes (comportamentos), muitas vezes, “escorregando” em matéria de ética e moral para conseguirem aquilo que querem a qualquer custo.

Mais do que isso, essas pessoas, simplesmente, não se importam de passar por cima dos outros, ou mesmo, de “lavar as mãos”, quando, assim, for mais conveniente.

Finalizando, penso que, acima de tudo, o sucesso é o grande teste de uma verdadeira amizade, pois os seus verdadeiros amigos, sempre vão torcer muito pelo seu sucesso. Aliás, eles, inclusive, vão querer comemorar as suas conquistas como se fossem deles, essa é a verdade!

José Tejada

Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite