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Verdades Secretas

  • Foto do escritor: José Tejada
    José Tejada
  • 9 de dez. de 2021
  • 2 min de leitura


Não há como negar que o brasileiro, de uma forma geral, adora principalmente as novelas e, também, algumas séries nacionais.

Não é à toa que a audiência das novelas que foram reprisadas pela Rede Globo não sofreu queda durante quase toda a pandemia; sinal de que as novelas têm a capacidade de prender à atenção da maioria das pessoas.

Aliás, é só ver a quantidade de revistas nas bancas que tratam sobre o desenrolar das novelas e, principalmente, analisar sobre o que as pessoas conversam na rua e nos seus momentos informais (dia a dia).

Preciso dizer que já faz um bom tempo que estudo o comportamento humano e, por isso, resolvi rever a série Verdades Secretas, que está sendo reexibida nesse momento pela Globo, com o objetivo de fazer uma análise da psique (mente e ego) dos principais personagens envolvidos nessa trama.

Acredito que as novelas e as séries acabem fazendo tanto sucesso em nosso país, pois as pessoas acabam, de alguma forma, se identificando com os personagens envolvidos, mesmo às vezes, subliminarmente, digamos assim.

Na verdade, analisando essa série, percebo que há uma apologia ao dinheiro e aos bens materiais. Praticamente, todos os personagens estão em busca de alguma recompensa material para as suas vidas e o que é pior, não medindo esforços para tal.

Por isso, vemos, quase todo o tempo, as pessoas sendo “subornadas” e sempre aceitando esse “suborno”, como se todas as pessoas fossem corruptíveis em nossa sociedade.

Nessa série, inclusive, várias pessoas passam pela tão comentada “Síndrome de Davi”, ou seja, embora tenham um passado baseado na ética e moral, começam a cometer todo o tipo de ato antiético e imoral.

Como consequência, praticamente vemos quase todos os relacionamentos baseados numa hipocrisia (falsidade) sem igual; comportamentos baseados na “famosa” moral do oportunismo (de querer levar sempre alguma vantagem).

Assistindo essa série me vem à mente o livro do famoso sociólogo polonês Zygmunt Bauman intitulado “Amor Líquido”, onde ele retrata a efemeridade das relações íntimas em uma sociedade em que quase tudo é considerado um produto com determinada validade ou utilidade.

Em função disso, vemos, praticamente, todas as relações familiares completamente deturpadas. Casamentos desfeitos restando os filhos com vidas totalmente desajustadas, odiando os seus pais e vice-versa e assim por diante.

Analisando essa série, muitas perguntas me vieram à mente.

Será que essa série retrata a realidade de nossa alta sociedade?

Pessoas com muito poder (dinheiro) pensam que podem “comprar” todos os seus relacionamentos (pessoais e profissionais)?

Por outro lado, pessoas de bem podem se corromper facilmente, quando são “tentadas”?

E talvez, a pergunta mais inquietante de todas: Será que as pessoas acabam se identificando, de alguma forma, com os personagens dessa série?




José Tejada


Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite



 
 
 

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