Viver do passado!
- José Tejada
- 21 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
Preciso confessar que sou um “pouco” saudosista, digamos assim. Gosto de lembrar o meu passado e das ótimas recordações que tenho dele. Penso que posso me considerar um privilegiado, por possuir um rol de memórias positivas em minha vida, ou digamos assim, ótimas lembranças em todos os sentidos.
O fato é que não posso, em hipótese alguma, me queixar da vida, pois apesar de algumas tristezas inevitáveis (perdas), acredito que eu tenha um belo “PPR” para distribuir para as pessoas ao meu redor.
Porém, estou muito consciente de que eu não posso viver do passado. Isso pode fazer com que eu perca o foco no presente e o que é pior, não planeje o meu futuro.
Reparem os nossos avós; eles só falam do passado! Alguns dizem: Eu fui isso, eu fui aquilo e assim vai. Isso é somente uma constatação, pelo amor de Deus, não há qualquer juízo de valor ou crítica, pois sei que também vou ficar assim quando estiver na terceira idade (risos).
O fato é que, independentemente da nossa idade, experiência ou conhecimento, é preciso olhar para frente e não se acomodar. Não se pode ficar somente recordando o passado com muita saudade (nostalgia). Isso pode me levar a uma bancarrota em muito pouco tempo, pois eu somente vou viver do passado e não vou agir para mudar a situação presente.
Logicamente, nos momentos de maior dificuldade, dúvidas e incertezas, quanto ao nosso futuro, é muito importante nos apoiarmos em nossas memórias positivas ou em nossas pequenas conquistas (todos nós temos), pois elas vão nos motivar num primeiro momento e, também, nos mostrar que podemos superar as adversidades presentes, afinal, já superamos outros obstáculos em nossa vida.
Aliás, acredito que o ser humano é movido por desafios, independentemente de qualquer coisa. Precisamos estar sempre com um novo projeto em mente ou, o que é ainda melhor, estar executando o mesmo.
Em hipótese alguma, podemos nos acomodar (somente ficar nos lembrando do passado), pois como diz aquela música do Cazuza: O tempo não para!
O mais interessante e revelador é que, efetivamente, não sabemos quanto tempo ainda nos resta. Podemos ter 1 dia, 1 mês, 1 ano, 10, 20, 30, 40 anos? Vai saber!
Acima de tudo, não podemos parar de lutar por aquilo que queremos, pois parados não iremos conseguir atingir os nossos grandes objetivos de vida. Em função disso, como já escrevi várias vezes, não se pode desperdiçar o nosso bem mais precioso que é o tempo. Precisamos sempre investir o nosso mais precioso recurso nas tarefas que geram um maior valor agregado para a nossa vida (pense nisso).
A verdade é que eu quero “morrer” ainda indo atrás de meus objetivos de vida, independentemente da situação vigente ou do meu passado. Como fez Walt Disney, já em seu leito de morte, simplesmente, planejando o Epcot Center (Experimental Prototype Community of Tomorrow). Ele dizia para o seu irmão na cama do hospital: Não quero apenas ser lembrado por ter criado aquele rato (Mickey Mouse).
O mais interessante é que ele disse isso, apesar de todas as suas grandes conquistas (filmes, desenhos, documentários, produtos, estúdio, Disneylândia) e do enorme reconhecimento, em nível mundial, que teve em toda a sua vida!
Walt Disney, acima de tudo, nunca se acomodou, apesar de seus grandes resultados. Ele sempre acreditou em suas ideias, por isso, talvez, tenha sido tão ousado e muitíssimo bem-sucedido.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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