Vocação e flow
- José Tejada
- 24 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
Estou convencido de que, somente, atuando em minha vocação, eu poderei atingir uma excelência em termos de desempenho.
O fato é que, obrigatoriamente, eu preciso gostar muito do meu trabalho. Nesse contexto eu pergunto: Quantas pessoas realmente gostam do seu trabalho?
Eu diria que uma verdadeira minoria está de coração em seu trabalho (função).
A grande maioria das pessoas realiza um trabalho que não lhes proporciona uma consistente realização profissional.
A realidade é que é muito importante, que eu descubra a minha verdadeira vocação. Acima de tudo, eu acredito que, todos nós, possuímos uma verdadeira vocação, algo que esteja intimamente alinhado com a minha personalidade.
Justamente, por isso, não vai existir a profissão ideal e, sim, uma profissão que esteja de acordo com a minha personalidade, ou seja, que tenha tudo a ver comigo.
Infelizmente, muitas pessoas passam pela vida sem descobrir a sua verdadeira vocação e, por isso, acabam sofrendo toda a semana, esperando, ansiosamente, pela chegada do final de semana. Triste não?
E o que é ainda pior: isso gera um prejuízo enorme e que, muitas vezes, é difícil de ser medido em uma organização. Eu chamaria isso do custo desmotivação.
O custo desmotivação pode, inclusive fazer com que a organização perca a sua competitividade de uma forma constante e irreversível, culminando, até, com o fechamento da empresa (falência).
Em função disso, é simplesmente estratégico que eu tenha pessoas em minha empresa que estejam trabalhando efetivamente em sua vocação, pois a tendência é que o desempenho das mesmas atinja a tão almejada excelência.
Quando eu exerço a minha vocação, a tendência é que eu ingresse em um estado de flow.
Flow é um estado onde o meu desempenho atinge uma excelência, pois alio minha motivação, foco, com o desafio de atingir um objetivo. Nesse estado, também a minha criatividade é potencializada, já que me encontro num nível altíssimo de motivação (motivação e criatividade andam juntas).
Nesse estado, simplesmente, eu não percebo o tempo passar, pois me encontro totalmente imerso na tarefa que estou executando, ou seja, o tempo parece voar.
Além disso, nesse momento, eu estou sendo desafiado, ou seja, obrigatoriamente estarei fora da minha zona de conforto. Nesse contexto, eu, provavelmente atingirei a minha zona de excelência, ou seja, o meu desempenho será maximizado.
Portanto, se você ainda não descobriu a sua verdadeira vocação; preste atenção nas tarefas que você mais gosta de fazer, repare na qualidade de seu foco e, finalmente, avalie a sua capacidade em executar essa tarefa. Se a tarefa passar nesse teste, provavelmente, você terá descoberto a sua vocação.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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