O coach e o “caminho das pedras”!
- José Tejada
- 19 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Um processo de coaching baseia-se em que o coachee, na grande maioria das vezes, descubra por si mesmo, o que ele deve e precisa fazer para alcançar o seu objetivo SMART.
Como se sabe, a sigla SMART vem do inglês e significa que o objetivo, em um processo de coaching, deve ser específico, mensurável, atingível, relevante e com prazo (specific, mensurable, achievable, relevant and time).
Por isso, esse processo, na maioria das vezes, é não diretivo, ou seja, o coach somente faz perguntas ao coachee para que o mesmo se sensibilize e busque uma estratégia adequada para atingir o seu objetivo.
Em função disso, o coach precisa ter a grande habilidade (inteligência) de formular perguntas “poderosas” que possam esclarecer e orientar o coachee, algumas vezes, desde a formulação de seu próprio objetivo SMART.
Em minha formação de coach, foi enfatizado que o coach não precisaria ser um exemplo de sucesso ou de uma pessoa bem-sucedida na sua área de atuação.
Porém, penso que se o coach souber o “caminho das pedras”, ou seja, for uma pessoa bem-sucedida na sua área da atuação, o seu desempenho como coach será potencializado, com toda a certeza.
O fato é que existe uma receita de sucesso e ela pode e deve ser modelada pelo coachee.
Constato que, praticamente, todas as biografias de pessoas muito bem-sucedidas, trazem uma receita que, eu diria, não apresenta grandes variantes.
Pessoas de sucesso, em primeiro lugar, sabem o que querem para as suas vidas. São pessoas que sabem estabelecer, com inteligência, as suas prioridades, ou seja, possuem a capacidade de planejar muito bem a sua vida (escolher o caminho a seguir).
Depois, são pessoas persistentes, ou seja, que não desistem facilmente dos objetivos traçados. Aliás, a maioria das pessoas bem-sucedida é simplesmente obstinada por natureza, pois não desistem enquanto não atingirem os seus objetivos.
Além disso, são pessoas que não têm medo de enfrentar dificuldades ou vicissitudes de toda a ordem. Na verdade, as dificuldades acabam moldando (melhorando) essas pessoas. Na grande maioria das vezes, são pessoas que já foram fortemente testadas pela própria vida, ou seja, foram forjadas a “ferro e fogo”.
Outro traço de personalidade característico dessas pessoas é a sua vontade permanente de aperfeiçoamento. Elas têm em mente que, sempre, podem melhorar a sua performance, independentemente das circunstâncias envolvidas (reconhecimento, prêmios ou recursos disponíveis).
Eu diria que são pessoas, eternamente, insatisfeitas com a sua própria competência.
Pessoas que querem sempre aprender mais e melhor, ou seja, gostam muito de aprender. Por essa razão, elas acabam desenvolvendo uma capacidade de aprendizado constante, inclusive, muitas acabam convertendo-se em eternos aprendizes (estão sempre lendo, estudando e, principalmente, aprendendo).
Em função disso, se o coach possuir essas características que moldam uma pessoa de sucesso, ele poderá fazer perguntas muito mais adequadas para que o coachee, no menor tempo possível, possa atingir o seu objetivo SMART.
Além disso, se o coach, além de saber o “caminho das pedras”, tiver, também, trilhado o mesmo, ele poderá ser diretivo em um momento em que o coachee possa estar estagnado no processo de coaching.
Acima de tudo, acredito que a experiência e o exemplo do coach são, muitas vezes, decisivos, tanto na qualidade, como no sucesso de um processo de coaching.

José Tejada
Professor universitário, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite
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