Pérolas aos porcos!

Essa expressão popular é baseada em uma passagem bíblica que significa dar algo valioso (a pérola) para alguém que não valoriza ou aprecia.

Essa frase se origina de Mateus 7:6 no Novo Testamento, onde Jesus diz: “Não deem o que é santo aos cães, nem joguem pérolas aos porcos: pois os porcos pisotearão as pérolas e os cães se voltarão contra vocês e os atacarão!

A realidade é que tenho a consciência de que escolhi a profissão de professor para ajudar, de alguma forma, as pessoas (sociedade) e, também, como uma retribuição de tudo o que a vida me proporcionou em termos de conhecimento, estudo e experiências.

O fato é que sempre gostei de ajudar os outros (acredito ser da minha índole). Aliás, penso que isso esteja até na minha essência como ser humano.

Poder ajudar alguém, me faz sentir um ser humano melhor, ou seja, me faz bem para a alma.

Portanto, sempre considerei a docência como uma missão, ou seja, o meu verdadeiro propósito de vida, desde que entrei, pela primeira vez, em uma sala de aula para lecionar matemática em uma escola pública estadual.

E esse propósito de vida, com certeza, me ajuda a manter minha motivação (paixão) por lecionar diariamente, sempre tentando, de alguma forma (singela), melhorar um pouco a vida das pessoas em certo sentido (ou pelo menos tentar).

Porém, com o passar do tempo percebi, com um pouco de tristeza é verdade, que algumas pessoas simplesmente não querem se ajudar ou mesmo mudar!

Aliás, a verdade é que nesses casos, mesmo eu estando muito disposto a ajudar (ensinar), essas pessoas não vão valorizar isso e, infelizmente, em alguns casos até, podem tornar-se nossos inimigos ou detratores, nos acusando das coisas mais injustas (os porcos pisotearão as pérolas e os cães se voltarão contra vocês). Até ouso dizer que isso acontece, muitas vezes, em nossos relacionamentos íntimos ou familiares

Por isso, mesmo querendo sempre ajudar, teremos que conviver, infelizmente, com a ingratidão de alguns que, efetivamente, nunca reconhecerão os nossos méritos e realizações, muitas vezes, por pura inveja, ressentimento e até certo despeito, eu diria.

Porém, independentemente das circunstâncias envolvidas, penso que cada um de nós precisa continuar realizando a sua missão ou propósito de vida seja qual for, pois sempre que semearmos algo de bom, de uma forma ou de outra, colheremos os frutos dessa colheita direta ou indiretamente.

Mais do que isso, penso que essa semeadura deve ser feita sem qualquer interesse de retorno ou ganho (ajudar sem qualquer interesse).

Finalizando; faça todo o possível para realizar a sua missão de vida com todo o empenho e dedicação (paixão), pois a vida, mais cedo ou mais tarde, vai lhe recompensar por isso e se, por ventura, isso não acontecer (o que não acredito), você estará em paz com a sua própria consciência e isso, com certeza é extremamente redentor em todos os sentidos.

José Tejada

Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite