O tratamento das pessoas
- José Tejada

- 3 de jul.
- 2 min de leitura
Desde pequeno, meus pais me ensinaram que eu deveria tratar a todos da mesma forma, ou seja, deveria tratar a todos com gentileza e respeito.
Minha mãe foi um exemplo magnífico nesse aspecto, ela sempre tratou a todos com muito carinho e cuidado. Aliás, minha mãe foi um maravilhoso exemplo de ser humano em todos os sentidos, essa é a verdade.
Logicamente, eu não consigo ser como minha mãe, pois quando eu não simpatizo ou não gosto de alguém, não consigo dar um “sorriso amarelo” e a pessoa acaba se dando conta disso. Para ficar mais claro, até cumprimento a pessoa, mas, em hipótese alguma, consigo ser simpático ou atencioso.
Para exemplificar: outro dia, infelizmente, acabei me encontrando com um antigo coordenador de curso com que tive vários desentendimentos (conflitos). Esse coordenador acabou demitindo todos os seus desafetos (meus colegas professores - alguns muito competentes) nesse colégio, inclusive eu. Essa “figura” veio todo simpático puxar conversa comigo e perguntar sobre a minha vida, imaginem! Pelo amor de Deus!
Logicamente, respondi laconicamente (poucas palavras) e penso que ele se deu conta disso (dei um merecido gelo nele). Aliás, fico impressionado como as pessoas que aprontam com a gente possuem a memória curta (esquecem muito fácil o que fizeram conosco).
O fato é que como tratamos as pessoas diz muito sobre o nosso caráter (ética e moral).
Em função disso e, com o passar do tempo, infelizmente, acabei percebendo que “algumas” pessoas somente tratam bem as outras pessoas em função de seu interesse particular, ou seja, pessoas que podem favorecê-las ou beneficiá-las de alguma forma.
Não é à toa que a maioria das organizações está repleta de lambe-botas, bajuladores e puxa-sacos em, praticamente, todos os seus níveis (você já se deu conta disso?).
O fato é que se você possui algum poder, dinheiro, prestígio ou algo a dar em troca, várias pessoas vão tratar muito bem você com segundas intenções. Em função disso, você precisa estar muito atento e se fazer sempre a seguinte pergunta: essa pessoa me trata bem por realmente gostar de mim, ou ela pode ter alguma segunda intenção (interesse particular)?
Felizmente existem os verdadeiros amigos que gostam da gente sem qualquer interesse. Esses amigos nos ensinam que ainda vale a pena ser verdadeiro (genuíno) com relação aos nossos sentimentos (comportamentos).

José Tejada
Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite






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