Oi pai!
- José Tejada

- 10 de ago.
- 2 min de leitura
É impressionante meu pai, como o tempo passou e estamos “comemorando” mais um dia dos pais, sem a tua tão necessária presença.
Realmente, o tempo literalmente voa em todos os sentidos e, mais ainda; como o mundo efetivamente dá voltas (para alguns ele capota). Aliás, aposto que se voltasses hoje, não acreditarias em tudo o que aconteceu, depois da tua partida.
Hoje, como é dia dos pais, resolvi te escrever para te dizer que ainda sinto muita falta da tua presença física, pois a tua presença espiritual sempre me acompanhou em toda a minha trajetória.
Infelizmente, fostes embora muito cedo, mas o teu legado permaneceu vivo em minha memória e me guiou sobremaneira, principalmente, no aspecto profissional, eu diria.
Porém, mesmo assim, a grande verdade é que fazes uma enorme falta em minha vida. A realidade é que sinto falta até quando ficavas bravo comigo e me aconselhavas a mudar imediatamente o meu comportamento! Sim! Até quando eras duro comigo e me cobravas fortemente, eu sinto falta.
Hoje eu entendo que, talvez, o maior amor de um pai se converta em ter a coragem (sabedoria) de corrigir e ser duro, quando necessário, com os seus filhos!
Além disso, um verdadeiro pai, no meu pensamento, cria os seus filhos para o mundo e não para si mesmo. De outra forma, um pai verdadeiro quer criar um filho para ser independente, ou seja, para que seu filho possa voar com as suas próprias asas, quando ele não estiver mais aí! Talvez, essa atitude (comportamento) seja a maior prova de amor de um pai pelo seu filho!
E, nesse aspecto, meu pai foi simplesmente esplêndido. Ele me ensinou (pelo seu exemplo em vida) que eu, no fundo, não posso depender de ninguém e que eu teria que abrir o meu caminho com as próprias mãos (com muita dedicação, esforço e inteligência).
Ele, também, me ensinou que ninguém vai bater mais do que a vida e que eu não posso desistir dos meus grandes objetivos ou sonhos, independentemente das dificuldades enfrentadas.
E, mais do que isso, ele me mostrou que, quando temos a coragem de enfrentar de frente (com coragem) as dificuldades, as mesmas acabam nos tornando mais fortes e resilientes (cascudos) e, também, nos tornando melhores seres humanos (mais empáticos e sensíveis às necessidades dos outros).
Por isso, pai, vai aqui o meu eterno agradecimento e gratidão por tudo o que fizestes por mim em vida. Fostes, sem dúvida nenhuma, o melhor pai que eu poderia ter tido.
Finalizando, desejo um feliz dia dos pais a todos os pais que sempre querem, independentemente das circunstâncias, o melhor para os seus filhos!

José Tejada
Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite






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