Sou professor! E agora?
- José Tejada

- 16 de out.
- 2 min de leitura
Outro dia na sala dos professores da minha universidade, durante o intervalo de aula, uma colega estava comentando sobre uma pergunta que lhe fizeram os seus alunos: sabe que hoje, os meus alunos me perguntaram por que me tornei professora?
Outras colegas imediatamente comentaram: que pergunta complicada hein?
Uma colega complementou: para mim, isso é muito difícil de responder e se eu fosse responder com sinceridade, talvez, os meus alunos não fossem gostar!
Outras colegas permaneceram em silêncio, refletindo sobre essa pergunta, talvez, muito inquietante para “alguns” professores.
Aliás, notei nos semblantes das minhas colegas que essa pergunta gerou uma profunda reflexão (tocou fundo nelas).
Na sequência, algumas colegas comentaram o que faziam antes de lecionar (suas antigas profissões); foi quando eu comentei: eu escolhi ser professor!
Nesse momento minhas colegas me olharam com certa cara de espanto e até surpresa, eu diria.
E complementei: sempre tive muita vontade de dar aula e quando entrei, pela primeira vez, em uma sala de aula para lecionar matemática, para a sétima série, numa escola estadual, percebi, com exatidão, o que eu queria para a minha vida!
Alias, naquele momento pude enxergar, com muita clareza, o meu verdadeiro propósito de vida que é, de alguma forma, ajudar os outros com um pouco da minha experiência e conhecimento!
De outra maneira, eu acabei descobrindo a minha verdadeira vocação (o que eu mais gostaria de fazer pelo resto da minha vida).
Depois, as coisas foram acontecendo até, naturalmente, digamos assim. Vieram o mestrado, as consultorias, palestras, livros, etc.
Esse fato que relato acabou me mostrando o quanto sou feliz e realizado (privilegiado até), pois, não tenho qualquer dúvida sobre a minha escolha profissional.
A verdade é que faço o que realmente gosto e pretendo morrer lecionando, se Deus me permitir logicamente.
Aliás, se tivessem que me tirar da sala de aula nos meus últimos e derradeiros momentos, eu, sinceramente, morreria muito feliz com toda a certeza (estou falando sério).
E você, meu prezado leitor (professor ou não), teve o privilégio de poder escolher a sua profissão?
Mais do que isso, ouso lhe perguntar: a sua profissão é a sua verdadeira vocação?
Pense nisso e tenha um ótimo dia!

José Tejada
Professor universitário, psicanalista, escritor, palestrante e coach, jrcdteja@ucs.br, Https://jrcdteja.wixsite.com/meusite






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